Enganos a respeito do Kamma – 2

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De acordo com o Buddhismo, o kamma explica as diferenças que existem entre os humanos. Essas diferenças se devem não apenas à hereditariedade, ambiente e natureza, mas também ao kamma ou resultados de nossas próprias ações. De fato, o kamma é um dos fatores responsáveis pelo sucesso e fracasso de nossas vidas.

Uma vez que o kamma é uma força invisível, não podemos vê-lo funcionando com nossos olhos físicos. Para compreender como o kamma funciona, podemos compará-lo com as sementes: os resultados do kamma estão guardados na mente subconsciente da mesma maneira que as folhas, flores, frutos e tronco de uma árvore estão guardados em suas sementes. Sob condições favoráveis, os frutos do kamma serão produzidos da mesma forma que com umidade e luz, as folhas e tronco de uma árvore irão brotar da pequena semente. O gosto dos frutos também se propaga, assim como a energia kammica cria o efeito.

O funcionamento do kamma pode também ser comparado a uma conta bancária: uma pessoa que é virtuosa, caridosa e benevolente nesta vida atual é como uma pessoa que está depositando um ‘bom kamma’ em sua conta. Esse bom kamma acumulado pode ser usado para garantir uma vida livre de dificuldades. Mas a pessoa deve recolocar o que ela retirou, do contrário, um dia, sua conta estará exaurida e ela irá à falência. E então quem poderá ser culpado pelo seu estado miserável? Não se poderá culpar nem os outros nem o destino. Seremos os únicos responsáveis. Assim, um bom buddhista não pode ser um escapista, mas deve confrontar a vida como ela é, ao invés de fugir dela. A força kammica não pode ser controlada pela inatividade. A atividade vigorosa para o bem é indispensável para a própria felicidade. O escapismo é o paraíso do fraco, e um escapista não pode fugir dos efeitos da lei kammica.

O Buddha disse: “Não há lugar para se esconder de forma a escapar dos resultados do kamma” (Dhammapada 127).

2 comentários em “Enganos a respeito do Kamma – 2

    Índice « No Que Os Buddhistas Acreditam disse:
    29 setembro, 2010 às 2:52 pm

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