Ignorância Culta
A mente transcendental desenvolvida pelo Buddha não é limitada às informações dos sentidos e vai além da lógica presa na limitação da percepção relativa. O intelecto humano, ao contrário, opera com base na informação que coleta e armazena, seja no campo da religião, filosofia, ciência ou arte. A informação para a mente é reunida por nossos órgãos sensoriais, os quais são inferiores de tantas maneiras. A informação limitada recebida torna nossa compreensão do mundo distorcida.
Algumas pessoas são orgulhosas pelo fato de saberem tanto. De fato, quanto menos sabemos, mais certos nos tornamos de nossas explicações; quanto mais sabemos, mais percebemos nossas limitações.
Certa vez, um brilhante acadêmico escreveu um livro que tomou como sendo sua obra derradeira. Acreditou que o livro continha todas as jóias literárias e filosóficas. Orgulhoso por sua conquista, ele mostrou sua obra-prima a um colega, que era igualmente brilhante, com o pedido de que o comentasse. Ao invés disso, seu colega pediu ao autor que escrevesse num pedaço de papel tudo o que ele sabia e tudo o que não sabia. O autor se sentou muito pensativo, mas depois de um tempo não conseguiu escrever nada que soubesse. Lançou sua mente, então, para a segunda questão, e, novamente, fracassou em escrever qualquer coisa que não soubesse. Finalmente, com seu ego no nível mais baixo, ele desistiu, compreendendo que tudo o que sabia era realmente a ignorância.
A esse respeito, Sócrates, o bem conhecido filósofo ateniense do mundo antigo, disse o seguinte quando perguntado sobre o que sabia: ‘Sei apenas uma coisa – que eu não sei’.
14 maio, 2007 às 12:37 pm
Grato por esta pérola. Pena ter sido tão breve. O conhecimento virá, creio, quando suficientemente prontos estivermos. Viva o trabalho abençoado.
Abraço.
15 maio, 2007 às 10:40 am
acredito que o conhecimeto, o saber, não critaliza nossa consciencia como algo que domina a natureza das coisa, mas nos mostra a infinidade das possiblidades.
15 maio, 2007 às 10:42 am
acredito que o conhecimeto, o saber, não critaliza nossa consciencia como algo que domina a natureza das coisa, mas nos mostra a infinidade das possibilidades.
16 maio, 2007 às 12:20 am
O conhecimento obtido através dos sentidos tem um caráter exterior ou exotérico. O conhecimento obtido através da meditação, contemplação, absorção ou iniciação tem caráter interior ou esotérico. O primeiro é de natureza quantitativa e relativa. O segundo é de natureza qualitativa e absoluta. O primeiro sem o segundo é como um edifício sem alicerce, ou como um mapa sem um ponto inicial – de fato uma ignorância culta, ou erudição sem sabedoria.
16 maio, 2007 às 10:26 pm
– Quanto mais conhecimento eu adquiro, mais eu vejo a vastidão da minha própria ignorância. Feliz daquele que já consegue pelo menos de ver que tudo no Universo está interligado a tudo e que rompido esse liame pela ilusão doentia do homem sobrevém apenas a desarmonia interior com reflexos em todo o exterior. A ciência já começa a perceber esta realidade, mas ainda falta sabedoria para aplicar os novos conhecimentos.
20 maio, 2007 às 5:59 pm
[…] continua aqui […]
13 outubro, 2014 às 2:30 am
Quanto maior a intensidade da luz(conhecimento) , maior será a quantidade de sombras (dúvidas)